No início da década de 90 ouvíamos falar muito dos testes de QI.Quociente de Inteligência era um termo utilizado para mensurar o nível de inteligência de uma pessoa ou grupos de pessoas. Em uma escala, pessoas com QI abaixo de 69 eram consideradas com raciocínio lento para desempenhar tarefas e QI acima de 130 eram pessoas classificadas como gênios ou superinteligentes.
No mundo dos negócios, o QI era muito utilizado para diagnosticar se o candidato poderia ocupar altos cargos dentro das empresas. E realmente era uma medida que indicava muito bem se o sujeito ocupava funções com desafios cognitivos a priori.
Hoje em dia, entretanto, os testes de avaliação para diagnosticar as habilidades, inteligências e aptidões dos candidatos já evoluíram muito. Não se utiliza mais o termo QI. Isso se deu ao perceber que um profissional com alto QI não seria um bom líder ou um profissional de sucesso. Era necessário que o profissional tivesse habilidades emocionais também.
Daniel Goleman, psicólogo e autor do livro Inteligência Emocional, compilou estudos de diversos pesquisadores sobre o tema. Ele sugere em seu livro, 5 pilares ou 5 inteligências emocionais que podem ser desenvolvidas como o gráfico abaixo:
Autoconhecimento:
É a base para a Inteligência Emocional e um conceito que representa a compreensão de nós mesmos. Quanto mais eu me conheço melhor eu consigo gerenciar os pontos emocionais que devem ser melhorados ou que podem ser intensificados.
Gestão das Emoções:
Nos tornamos mais inteligentes emocionalmente quando entendemos as nossas necessidades por trás das emoções. Estou ansioso, bravo ou preocupado? Ok, mas o que realmente está por trás dessas emoções? Necessidade de ter mais clareza no próprio caminho, apreciação pelo próprio esforço ou quem sabe, segurança no trabalho? A simples tentativa de entender as nossas necessidades também nos dá tempo para escolher qual a melhor atitude devemos tomar diante das situações.
Motivação:
Podemos nos motivar a partir de situações externas ou internas. Por exemplo: os pensamentos que geramos sobre nós mesmos, o ambiente que estamos inseridos, família, amigos ou o apoio de um Coach, podem ser fatores de motivação. Entender o que nos motiva e o que nos desmotiva é essencial também para desenvolver a Inteligência Emocional.
Empatia:
É a capacidade de se colocar no lugar do outro. Temos uma empatia bem desenvolvida se fazemos uma boa interpretação dos sinais verbais e não verbais dos outros indivíduos e através dos resultados que obtemos com essa interação. Quanto mais temos consciência das nossas próprias emoções, mais facilmente podemos entender o sentimento alheio. ⠀
Gestão de Conflitos:
Esse ponto consiste em agregar o aprendizado das outras etapas e colocar em prática nas nossas relações. Uma pessoa inteligente emocionalmente é capaz de interpretar corretamente os sinais emocionais dos outros indivíduos, controlar os próprios sinais emocionais que emite, direcionar o estado emocional das pessoas e ter resultados positivos em situações de conflitos.
As três primeiras qualidades dizem mais a respeito de nós mesmos e as duas últimas dizem sobre o nosso exterior. São etapas que podem acontecer nessa sequência ou não. Elas podem se cruzar já que nossa vida não é tão linear assim. No entanto, ter as etapas acima em mente, pode ajudar a nos organizar internamente para desenvolver essas habilidades.
Qualidades intrapessoais e interpessoais como autoconsciência, gerenciamento das emoções, empatia e sociabilidade, juntamente com desenvolvimento de outras competências, são habilidades obrigatórias para uma pessoa ser contratada, conseguir uma promoção ou ocupar cargos de liderança.
E então, como anda o desenvolvimento da sua inteligência emocional?
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Coach Saritha Ribeiro